Nesse mar de águas povoadas de silêncio hoje gravei memórias tingidas de alcatrão
(imagem de Duy Huynh)
Quando as estradas da Vida parecerem escassas, os telhados estiverem sem o ser e a chuva miudinha e sem rumo na tua Vida quiser entrar: abre as mãos e embala-a com cuidado. Ainda que não saibas do que dela possa advir, recebe-a como um pedaço de fina cambraia, ainda que desfiado, trará um rasgo para o teu ser.
Não temas porque temer é não viver. Quem não vive: recalca, prende, amarra. E as amarras do barco impedem-te de velejar ainda que o teu sonho tivesse sido navegar, velejarás na liberdade do que te é permitido.
Que nada te aborreça, que nunca pessoa alguma te perturbe, isso significa mal querer. Agarres os gestos que a Vida mostra, ainda que não os sintas na ânsia do agarrar. Liberta-te, devagar como uma gaivota de asas semicerradas que em terra veio parar. Liberta-te do mau sentir e veleja nos escombros, nos recônditos do teu Sentir, com a mente desperta: concentra o teu Sentir. Indulgentes são os desejos: afasta-os desse rio que avistas e trata todos e o mero passante com a fome de Ser humano, com a sede de um quase deus: sabendo que nunca poderás ser rei numa terra onde só tu habitas.
Mas tenta: governa-te e faz-te rei de ti, primeiro. Depois aparecem os outros, alguns nada te dirão, outros na tua palma ficarão como nomes tatuados desde que nasceste e ainda que nunca o soubesses, sempre estiveram e continuam lá.
O Amor? Esse não existe. Existe a compaixão, existem oceanos de bem-querer e quem sabe num deles, o rio que tanto avistas já em ti.
Quando as estradas da Vida parecerem escassas, os telhados estiverem sem o ser e a chuva miudinha e sem rumo na tua Vida quiser entrar: abre as mãos e embala-a com cuidado. Ainda que não saibas do que dela possa advir, recebe-a como um pedaço de fina cambraia, ainda que desfiado, trará um rasgo para o teu ser.
Não temas porque temer é não viver. Quem não vive: recalca, prende, amarra. E as amarras do barco impedem-te de velejar ainda que o teu sonho tivesse sido navegar, velejarás na liberdade do que te é permitido.
Que nada te aborreça, que nunca pessoa alguma te perturbe, isso significa mal querer. Agarres os gestos que a Vida mostra, ainda que não os sintas na ânsia do agarrar. Liberta-te, devagar como uma gaivota de asas semicerradas que em terra veio parar. Liberta-te do mau sentir e veleja nos escombros, nos recônditos do teu Sentir, com a mente desperta: concentra o teu Sentir. Indulgentes são os desejos: afasta-os desse rio que avistas e trata todos e o mero passante com a fome de Ser humano, com a sede de um quase deus: sabendo que nunca poderás ser rei numa terra onde só tu habitas.
Mas tenta: governa-te e faz-te rei de ti, primeiro. Depois aparecem os outros, alguns nada te dirão, outros na tua palma ficarão como nomes tatuados desde que nasceste e ainda que nunca o soubesses, sempre estiveram e continuam lá.
O Amor? Esse não existe. Existe a compaixão, existem oceanos de bem-querer e quem sabe num deles, o rio que tanto avistas já em ti.
Diz-me: porque deixaste que a amargura nada mais fosse do que lodo em ti? A Amargura é um degrau na escala dos que buscam ou encontram algo maior: saber. Sejas sábio de ti próprio e saibas quanta água um rio leva e a que te basta.
4 Comments:
gostei tanto.
abraço.
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Olá menina
Abrir o coração e deixar a vida entrar, como o sol a aquecer nos sonhos e nossos planos. Viver sem medo de ser feliz.
Bjux
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