Violetas sob o gelo
Esta noite fechei as portas e julgando esquecer, não deixei que amanhecesses em mim. Fiquei suspensa nas mãos do tirano de barbas rígidas que tudo rouba e recusei todas as manhãs. Talvez como quem carrega um rochedo sabendo que a imortalidade não pode acontecer a quem recusa uma só réstia de luz. Talvez como quem quer apagar todas, ou poucas, memórias que o homem de barbas rígidas insiste guardar. Talvez como essa Ode grega que insisto em não dizer. Talvez como uma incerteza nos braços daquele que deixou apodrecer as maçãs e insiste em levar as violetas para a outra margem do rio que poucos sabem que existe…
Talvez esta noite as portas que julguei fechar não existam porque o dono das coisas, o tirano, o de barbas rígidas, o Tempo, não deixa esquecer que possas ser uma manhã nas artérias de alguém. Talvez as violetas sob o gelo não estejam numa outra margem de um rio qualquer (que não existe), mas em ti.
Talvez esta noite as portas que julguei fechar não existam porque o dono das coisas, o tirano, o de barbas rígidas, o Tempo, não deixa esquecer que possas ser uma manhã nas artérias de alguém. Talvez as violetas sob o gelo não estejam numa outra margem de um rio qualquer (que não existe), mas em ti.
Talvez esses laços que te amarram os braços sejam uma prece e ainda não saibas...
4 Comments:
Sinto-me um inconfidente, subvertor.
Planejo roubar imagens entrelaçadas nas suas palavras.
Diante do talvez, retumbou um não que assombra.
É bom saber que você passou. Tenho gostado de ler você.
Palavras como frestas, fendas, intrigantes.
Muito obrigado, você me faz ter vontade de aprender a escrever.
Espero que a palavra abraço transporte a sensação de um abraço afetuoso.
Passando para desejar um Feliz 2011,com muita Saúde,Paz e Amor.
Beijinhos
olá,Sandra!
Que o 2011 venha com saúde e Paz...e melhores soluções para o Mundo.
beijinho,
Véu de Maya
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