segunda-feira, setembro 19, 2011

Gambiarra do Amor, num teatro: vida.

(pintura de Alex Alemany)
“Dê a todas as pessoas seus ouvidos, mas a poucas a sua voz.” William Shakespeare

À memória da minha madrinha. Sempre.



Sob um céu de palavras ausentes, um firmamento de sons por dizer, e no que da vida ainda resta, um diadema coroa o teu nome como sépalas de uma flor que o pintor ainda esboça, como esquissos de um poeta embriagado na sombra das palavras que a sua voz cala.
E nesta chuva de sons (ausentes) resta um firmamento, por dizer. Do outro lado da rua alguém quase pinta um céu diferente, quase nasce uma palavra.

Nenhum som.

Hoje, como barbotina envolta em fina cambraia, apenas quer o poeta, de tudo, estar ausente.
Deixem-no sonhar na embriaguez da sombra de tudo o que não existe e talvez brotem palavras, talvez se inaugurem sons ou nasçam afluentes nos eflúvios do Amor.
Talvez todos os teatros inaugurem uma peça. Talvez todo esse renque de luzes ilumine o poeta ou só a sombra o possa salvar.
Quem acorrentou o poeta às palavras?

3 Comments:

Blogger Bárbara Santos said...

Olá! Gostei muito do seu blog. Parabéns!
Se importa de visitar o meu e, se achar por bem, seguí-lo?
www.socooooorro.blogspot.com
(São 5 letras o)
Tudo e Mais Um Pouco
Espero q goste...
Abs... Bárbara

3:20 da tarde  
Blogger Gufs said...

Gostei muito da poesia... muito bom este blog, parabéns.

Abraços!

6:27 da tarde  
Blogger Unknown said...

Transmito a Minha Ordem, pelo Anjo Mensageiro,
E no CÓDIGO IMORTAL, lembro-te a Verdade Redentora;
A Verdade acima de tudo, pois Eu Sou o Eterno Despenseiro,
Sou a Origem e a Vida, e te convido à Conduta Emancipadora.

Não aceito liturgias, que isso nunca foi Meu,
E repilo os simulacros, pois não Sou de fingir;
Quero tuas Obras Boas, como as daquele Ungido Meu,
Para assim seres Meu Verbo, e teres a Glória no porvir.

Retorna Meu filho, volta ao Meu Regaço,
Observa esta Lei, de Verdade, Amor e Justiça;
Vai, procura o teu irmão, e oferta-lhe pois o braço,
Para que assim te abrace Eu, e gozes da gloriosa liça.
Não confias na decência de conduta, na Bondade,
E tratas mal ao teu irmão, aquele outro filho Meu;
Dos corruptores compras simulacros, e bem que amiúde,
Te alegras com o mal, daquele infeliz irmão que te sofreu.

Minha Inteligência é um Predicado Meu em ti,
O Meu Afeto é uma Virtude Minha que te entreguei;
O Meu poder de Ubiqüidade te aguarda, mas com frenesi,
Tu de Mim desvias, filho Meu, que com tanto Amor criei.

A Verdade é Minha Lei, e detesto a idolatria,
Movimento a Lei dos Fatos, e aborreço a simulação;
E tu nisso é que teimas, espargindo a falsa teoria,
Pois cometendo semelhantes erros, perpetuas a corrupção.

Recolhe-te filho Meu ao Templo Interior,
E em silêncio escuta-Me, entende o Meu falar;
Tanto Me tens procurado fora, no templo exterior,
Enquanto que Eu, o teu Pai, no íntimo desejo comungar.


Determinadas “orações prodigiosas” para serem bem recebidas, ao avesso devem ser lidas.
Dispenso Títulos e links: nas entrelinhas sei dicionários por escrever, capas ocas sem folhas.
Preencham-nas. Esta vai assinada,

11:29 da tarde  

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