quarta-feira, abril 09, 2008

ALTAR DOS SENTIDOS

"Senhor, nao deixes que eu julgue um homem sem que eu tenha andado durante duas Luas com as suas sandalias." Prece de um Indio Navajo

As vezes nasce no peito a vontade de chorar, aguas presas pelo Ser que teimam da fonte brotar... Purgatorio do Sentir! As vezes, os prados perdem a cor e o Tempo vem tao voraz roubar o Sabor daquilo que nos apraz. Lagrimas do Ser... Sabores enclausurados, rios que querem chegar ao mar. Quem nunca chorou? Quem nunca avistou das montanhas o mar? Quem nunca sentiu necessidade de se deixar naufragar num infinito e profundo caudal? O choro reprimido e falencia do Coraçao, e fio de novelo solto, bainha descosida, carta deitada ao chao. Todas as vezes que um Anjo na Terra chora,

uma estrela no Ceu aparece... Uma nova luz, no Altar dos Sentidos, vinda dos escombros da Vida e rasgo, feixe de cor que cega e ensurdece. Entao, do Choro nasce o Riso, do Olhar um Pedido, do Coraçao uma Prece. Em circulo, duas velas ja por terra, tres petalas de Rosas vermelhas aveludadas... No ar a fragrancia do Jasmim, um tempo sereno, uma recordaçao de um Olhar, de um rosto perdido que as Lagrimas, prece da Alma, neste Altar dos Sentidos fizeram mergulhar... As vezes o Choro adormece, Cavaleiro sem batalha, Louco perdido... E quando ele adormece, sinto que estas comigo... Es um singelo pedaço de historia, instrumento da Emoçao que guardo no meu peito, num cofre chamado Coraçao.

4 Comments:

Blogger Maria Clarinda said...

(...)Lagrimas do Ser... Sabores enclausurados, rios que querem chegar ao mar. Quem nunca chorou? Quem nunca avistou das montanhas o mar? Quem nunca sentiu necessidade de se deixar naufragar num infinito e profundo caudal?(..)

Belo, belo este teu texto. Foram maravilhosos os momentos que aqui passei lendo-te. Obrigada por eles

6:30 da tarde  
Blogger Teresa Calcao said...

Papoilinha querida,
Vim passar uns momentos contigo,aqui no teu cantinho magico.....estava com saudades tuas!!!!!!
Beijinho doce

11:04 da tarde  
Blogger Ana Caridade said...

Neste Altar do Sentidos, quebro o tempo e o espaço, para um interregno do mundo… um encontro com o mais profundo Eu para um renascimento! O Choro inunda todo o meu Ser… as lágrimas conduzem-me à margem do Rio na tentativa de salvar de um afogamento. O SABOR torna-se de fel… o Coração rasga… sangra… pinga emoções, palavras perdidas no vento e tão tatuadas em tudo o que Sou.

O Purgatório do Sentir! E exigência desta limpeza das emoções e da Abertura cada fez mais profunda de um Coração que é “obrigado” a SENTIR o SABOR para a transmissão!

Exigência DURA… mas aos Teus pés, nesta FÉ incondicional, rendo-me no Altar dos Sentidos!

9:15 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

"O SABOR torna-se de fel…"

Talvez a frase mais verdadeira dentro das falsas,
SANDRA FERREIRA

4:54 da manhã  

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