Dos mundos
(Foto de Mattijn's)
“Louvada seja a dança,
que liberta o homem do peso das coisas
materiais e une os solitários para formar sociedade.” Santo Agostinho
E foi assim que comecei a andar só: um dia acordei e não havia mais mundo, ou melhor havia mas era como se o mundo dos outros fosse apenas vapor à minha volta. Senti que sem os outros a responsabilidade é maior: apenas posso contar comigo. Mas, custa menos sorrir: o tamanho do sorriso é apenas meu.
Desta forma esquisita de estar, fugi do mundo dos outros. Às vezes visitava os loucos, outros que vivem perto do mundo que inventei mas nem eles podiam ser tanta solidão como eu.
E foi assim que comecei a andar só: no segundo dia depois de ter acordado e de me parecer que não havia mais mundo, comecei a preencher as folhas em branco: carregava-as com tanto afecto quanto um solitário carrega em si. Talvez como um amante ao amar pela primeira vez.
Desta forma esquisita de ser, fugi do que pensava ser o mundo dos outros. Às vezes alimentava os velhos, outros que vivem perto, quase perto, do mundo que inventei mas nem eles podiam ser tanta solidão como eu.
E foi assim que comecei a andar só: no terceiro dia depois de ter acordado e de me parecer que não havia mais mundo e de ter preenchido tantas folhas: soube, finalmente, que as folhas não podem ser apenas brancas, há sempre alguém que nelas carrega amor.
Durante três dias andei só. Tão só quanto uma asa quebrada aprisiona o sentir.
Ao quarto dia morri: há tanto do mundo dos outros em mim.
“Louvada seja a dança,
que liberta o homem do peso das coisas
materiais e une os solitários para formar sociedade.” Santo Agostinho
E foi assim que comecei a andar só: um dia acordei e não havia mais mundo, ou melhor havia mas era como se o mundo dos outros fosse apenas vapor à minha volta. Senti que sem os outros a responsabilidade é maior: apenas posso contar comigo. Mas, custa menos sorrir: o tamanho do sorriso é apenas meu.
Desta forma esquisita de estar, fugi do mundo dos outros. Às vezes visitava os loucos, outros que vivem perto do mundo que inventei mas nem eles podiam ser tanta solidão como eu.
E foi assim que comecei a andar só: no segundo dia depois de ter acordado e de me parecer que não havia mais mundo, comecei a preencher as folhas em branco: carregava-as com tanto afecto quanto um solitário carrega em si. Talvez como um amante ao amar pela primeira vez.
Desta forma esquisita de ser, fugi do que pensava ser o mundo dos outros. Às vezes alimentava os velhos, outros que vivem perto, quase perto, do mundo que inventei mas nem eles podiam ser tanta solidão como eu.
E foi assim que comecei a andar só: no terceiro dia depois de ter acordado e de me parecer que não havia mais mundo e de ter preenchido tantas folhas: soube, finalmente, que as folhas não podem ser apenas brancas, há sempre alguém que nelas carrega amor.
Durante três dias andei só. Tão só quanto uma asa quebrada aprisiona o sentir.
Ao quarto dia morri: há tanto do mundo dos outros em mim.
3 Comments:
E quando criamos um mundo só para nós, percebemos que não podemos viver sem os outros.
Bjux
Mas mesmo por pouco tempo é bom termos o nosso mundo.
Beijos
Somo o resultado do que nos cerca, ainda que processado...
Mais um excelente texto. Parabéns.
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