Céu Vermelho
(Pintura de Ring)
“E o que era “eu”
É uma simples palavra
na boca das trevas de Dezembro.” Tomas Tranströmer
Pintei o céu de vermelho.
Deixei o Sol – sem nascer ou morrer – ali, apenas,
no centro do nosso olhar.
Porém sem o podermos tocar.
Deixei algumas (poucas) nuvens cinzentas
- as necessárias .
Deixei-as no mesmo céu vermelho
para que possas adormecer a dor
como quem cala cicatrizes
que nem o Tempo (esse vilão de barbas rígidas que deixou apodrecer as maçãs) pode coser.
Do teu lado direito a árvore de ramos direitos que quase toca o céu
e
talvez o Sol.
Estamos debaixo desse telhado de vidro:
somos Humanos, dois Humanos entre poucos.
Tu vês as nuvens cinzentas.
Pensas.
Eu vejo as raízes da árvore.
Sinto.
Somo-nos sombra escura.
Somo-nos sombra tão escura num rasto de céu vermelho.
“E o que era “eu”
É uma simples palavra
na boca das trevas de Dezembro.” Tomas Tranströmer
Pintei o céu de vermelho.
Deixei o Sol – sem nascer ou morrer – ali, apenas,
no centro do nosso olhar.
Porém sem o podermos tocar.
Deixei algumas (poucas) nuvens cinzentas
- as necessárias .
Deixei-as no mesmo céu vermelho
para que possas adormecer a dor
como quem cala cicatrizes
que nem o Tempo (esse vilão de barbas rígidas que deixou apodrecer as maçãs) pode coser.
Do teu lado direito a árvore de ramos direitos que quase toca o céu
e
talvez o Sol.
Estamos debaixo desse telhado de vidro:
somos Humanos, dois Humanos entre poucos.
Tu vês as nuvens cinzentas.
Pensas.
Eu vejo as raízes da árvore.
Sinto.
Somo-nos sombra escura.
Somo-nos sombra tão escura num rasto de céu vermelho.
1 Comments:
A escuridão que não cega.
Um beijo.
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