INTENSO AMAR
Aos que procuram a intensidade – uma visão maior do que a Alma
Ele, de capa preta, de sentimentos certos e decididos como quem leva a constância pela mão, embalada pelo coração; na outra mão uma espada fria, cinzenta, escura como são escuros os caminhos que foi desbravando para ali chegar. O sangue por terra, tanto, e do tanto se faz pouco. Os arbustos cortados por terra como quem arranca ervas que magoam o coração: tanta força no seu sentir. Imensas batalhas e todas enfrentadas de pé e tão só. Talvez como um casco de barco velho que não afunda, talvez como um grito que mais do que ecoar, estremece. Em cada dedo, tão fino e tão frio leva uma cratera de sentidos que poucos ousaram tocar.
Ninguém sabe o sabor ao sangue, nem aqueles que nos julgam amar.
E nas batalhas, um pedaço de capa deixado por terra – marca de senhor que por ali passou. E já ninguém passa assim, não desta forma. Ninguém tem esta força interior, ninguém ousa lutar. E o sangue sempre mais e a lâmina mais cortante, as ervas tombadas por terra com o desejo quente de germinar. E onde todos vêem um pedaço de arbusto cortado e os dias parecem morrer como flores abertas, murchando, de mãos dadas, com o tempo, ele vê o que outros, tão limitados, nunca poderão ainda que com mil olhos juntos, algum momento enxergar.
Um só caminho, uma imagem sempre presente. A luta para lá chegar: no coração a certeza tão firme como o desejo que traz em si.
No fim do caminho, as duas margens do rio se juntam, mesmo sem haver rio.
Uma mulher. No fim do caminho uma mulher, entre tantas que por si passaram (sombras atrás desta, apenas), nesta mulher um lugar sem onde, o maior que a eternidade tem. A espada cruza a espada: duas espadas por terra. Um pedaço, o maior, que a capa dele tem fica por terra e um rasgo no vestido dela deixa a nudez a olhos que sabem o que buscam, merecem cada toque … A ausência do frio, o nevoeiro que se dissipa, ali: nas duas margens do mesmo rio que nunca teve lugar porque tudo o que é intenso e, por isso, imenso não pode o tempo tocar.
A oração veio dos gestos, o toque dele entrou nela: num simples leito de fetos feito para amar.
Ele, de capa preta, de sentimentos certos e decididos como quem leva a constância pela mão, embalada pelo coração; na outra mão uma espada fria, cinzenta, escura como são escuros os caminhos que foi desbravando para ali chegar. O sangue por terra, tanto, e do tanto se faz pouco. Os arbustos cortados por terra como quem arranca ervas que magoam o coração: tanta força no seu sentir. Imensas batalhas e todas enfrentadas de pé e tão só. Talvez como um casco de barco velho que não afunda, talvez como um grito que mais do que ecoar, estremece. Em cada dedo, tão fino e tão frio leva uma cratera de sentidos que poucos ousaram tocar.
Ninguém sabe o sabor ao sangue, nem aqueles que nos julgam amar.
E nas batalhas, um pedaço de capa deixado por terra – marca de senhor que por ali passou. E já ninguém passa assim, não desta forma. Ninguém tem esta força interior, ninguém ousa lutar. E o sangue sempre mais e a lâmina mais cortante, as ervas tombadas por terra com o desejo quente de germinar. E onde todos vêem um pedaço de arbusto cortado e os dias parecem morrer como flores abertas, murchando, de mãos dadas, com o tempo, ele vê o que outros, tão limitados, nunca poderão ainda que com mil olhos juntos, algum momento enxergar.
Um só caminho, uma imagem sempre presente. A luta para lá chegar: no coração a certeza tão firme como o desejo que traz em si.
No fim do caminho, as duas margens do rio se juntam, mesmo sem haver rio.
Uma mulher. No fim do caminho uma mulher, entre tantas que por si passaram (sombras atrás desta, apenas), nesta mulher um lugar sem onde, o maior que a eternidade tem. A espada cruza a espada: duas espadas por terra. Um pedaço, o maior, que a capa dele tem fica por terra e um rasgo no vestido dela deixa a nudez a olhos que sabem o que buscam, merecem cada toque … A ausência do frio, o nevoeiro que se dissipa, ali: nas duas margens do mesmo rio que nunca teve lugar porque tudo o que é intenso e, por isso, imenso não pode o tempo tocar.
A oração veio dos gestos, o toque dele entrou nela: num simples leito de fetos feito para amar.
E o cheiro a sangue que existe na terra sabe a luta mas poucos lhe reconhecem sabor.
2 Comments:
Mais uma vez entro...e saio em paz e feliz. Obrigada pela partilha. Jhs
Há momentos destinados a acontecer, nesse preciso momento, basta deixar os nossos sentidos flutuar livremente.
Beijo
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