domingo, agosto 05, 2007

Castelo de emoçoes.

As vezes voa o meu pensamento, desce da montanha para o lago, sinto-me princesa de um castelo abandonado, as vezes os sentimentos sao lanças que impedem o meu coraçao de sorrir tanto como a minha voz... Necessidade de ouvir as mansas palavras da cotovia que me visita e me mostra sonhos que tanto anseio. Nunca gostei de viver em castelos, gosto de desbravar os caminhos que me levam ate ao dono deles, saber quem os construiu e porque... Gosto de me perder nas imagens da natureza, a espera de encontrar o meu interior, ouvir no sussurrar do Vento, simples palavras de amor...
Singular beleza nas margens do lago encantado, etereas arvores dançam ao entardecer uma valsa. Quantas folhas que voam, nao tocam o ceu? Quantas sao as palavras vas que usa a ilusao? Nao gosto dela, nunca gostarei... Caminho nos trilhos do essencial. Nao ves que pequenos gestos me dao serenidade? Nao, es inconstante como o Vento, as vezes tocas-me de mansinho e sinto tao perto a tua presença, outras magoas-me com a tua ausencia... Sinto falta desse manto de fetos verdes que me apaziguam a Alma, ao longe avisto-te rodeado de misterio, tanta saudade de visitar cada lugar do teu ser, cada canto teu... Olho para esse castelo de sentimentos, junto ao lago, perto do ceu,

as lanças que nele existem, quem as lança a ti sou eu... Sou misterio desvendado, simples Alma presa ao feitiço de Amar e que insiste na procura dessas labaredas de ternura encontrar... Ja tarde vai o dia, cansado de te procurar, regressa a rubra cor ao ceu, visto o meu ser de verdes esperanças, voltam as lembranças... Saudade desses primeiros orvalhos matinais, dessa estrada da Vida que me conduz do vulcao explosivo do fim do dia, ao branco matinal, luz...

Quantos pedidos ficam na voz do Vento? Quantas mensagens te entregou o enviado meu? Eu, simplesmente, espero regressar a esse bosque verde de encantos... Perdida no meio do nada, saboreio os leitos do ser, sou fada da natureza, em castelos nao sei viver... Mas, e nessa imagem do vale de fetos, nessa ermida perto do ceu, que vejo frutos silvestres crescerem e que elevam o meu animo nas maos de um Anjo que me faz bradar, pedir morada ao ceu... Duas amoras vermelhas, nas maos dessa ilusao... Ao que os outros chamam Tempo, eu apelido de espaço, distancia, caule de sentidos, onde brota a seiva da Vida, nectar do verde Amor,

1 Comments:

Blogger FERNANDINHA & POEMAS said...

Sandra,as fotos são bonitas,
quanto ao texto não tenho palavras,
Belíssimo.

Beijos,

Fernanda

9:07 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home