terça-feira, fevereiro 05, 2008

PAISAGEM SEM SOM

Tens lagrimas no rosto que nao foram desenhadas pela Chuva. Jamais a Chuva te tocaria assim. Todo o ceu esta mudo e escuro, emudece a tua Alma palida de sentimentos. Ja sem rumo sentem os passaros um vazio no Ser. Ha uma rua pequena e estreita, no teu peito, lugar sem nome, que pergunta: - "Porque e que as aves se calaram e adormeceram? Quando foi que os Lirios perderam a cor? Quando foi que o Deus dos Sonhos te abandonou? Porque sera que ja quase nao ouves passar o Vento? E ja nao dança o teu Coraçao?
E uma paisagem sem som... Tudo e mudo porque tudo se perde na ilusao do tempo... Nunca aprisiones as lagrimas do teu rosto, solta as amarras ao pensamento e vive sem tormentos, mesmo nessa paisagem sem som poderas encontrar doces momentos, saboreia o som dos silencios. Verte as lagrimas nesses vasos de vidro e nao temas segurar todas as gotas da Lua, vertices de dor, com as duas maos e mesmo ja nesse humilde chao que arquitecta as ruas do teu Ser, mostra ao mundo todas as lagrimas que desde tenra idade aprisionaste e que agora em vasos de vidro as derramaste para que os peixes possam viver e quem sabe novos Sonhos tecer...